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A música brasileira é a melhor do mundo, mas o apagamento de sua memória está ameaçando o futuro da arte musical!

A música brasileira é a mais encantadora e poderosa do mundo. Mas a falta de preservação de sua memória ameaça o futuro da arte e dos artistas. É o que nos conta Maristela Rocha, pós-graduada em Música Brasileira, atuando como professora do curso de História da Música Brasileira da Ethos Comunicação & Arte e com mais de 25 anos de trajetória no ensino da memória da música nacional. Confira a entrevista!

Você lembra da sua memória afetiva mais longínqua em relação à música brasileira? Qual é?
Ainda na infância, eu já gostava de apreciar programas de música da rádio Jornal do Brasil FM; enquanto aluna do Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, em Juiz de Fora, tive acesso a peças de Ernesto Nazareth e Heitor Villa-Lobos: foi paixão imediata e, desde então, o meu interesse pela música brasileira é contínuo e ininterrupto, ou seja, há mais de 4 décadas!

Se a música representasse a potência de um país no mundo, qual seria a posição do Brasil neste ranking e porquê?
Primeiro lugar pela riqueza da música brasileira com múltiplas influências; bem como pela excelência de compositores e intérpretes.

De que forma seu curso na Ethos ajuda os alunos em seu repertório pessoal e para a carreira?
Principalmente por ressaltar a valiosa influência de compositores pouco divulgados na mídia e desconhecidos por parte do público das novas gerações. A semente da música brasileira foi plantada antes do período colonial. Há muito a ser conhecido e divulgado. Esta é a minha missão.

Qual é o ritmo brasileiro que você mais ouve e qual você considera o mais promissor no século 21?
Gosto muito de todas as vertentes da MPB, além de obras de concerto de todos os tempos. O século 21 apresenta um “caldeirão efervescente” de gêneros musicais. O funk, por exemplo, com raízes no Brasil desde a década de 1960 continua em voga com trabalhos interessantíssimos, assim como o rock e o pop. Gosto muito da cultura Hip Hop, mas o samba… ah, o samba! Samba ontem, hoje e sempre!

O que mais te encanta no cenário da criação, comercialização e trabalho no campo da música brasileira?
O uso das novas tecnologias. É incrível acompanhar essa passagem do sistema analógico para o uso de computadores e softwares nos estúdios. A tecnologia mudou todos os aspectos da experiência musical – da criação à divulgação, bem como o contato com o público.

O que mais te revolta nestes mesmos cenários, acima citados, no campo da música brasileira?
O descaso com a memória de grandes nomes da música brasileira.

Escolha um músico(a)/compositor(a) brasileiro(a) que você gosta muito. Se pudesse, o que você diria a ele/ela?
Como pesquisadora, em especial, da música da passagem do século 19 para o século 20, são norteadores da minha trajetória Joaquim Antonio da Silva Callado, Anacleto de Medeiros, Alberto Nepomuceno, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Heitor Villa-Lobos, dentre outros. Fazendo um corte temporal: Ah, Tom Jobim! Que bom que ele é eterno! Salve Jobim! Salve todos os compositores da música brasileira!

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