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Como escrever bem? Confira as dicas incríveis da
‘vencedora absoluta’ de prêmio internacional

Cássia Janeiro (centro) recebe o Prêmio Nósside internacional de poesia

Escrever bem é “a capacidade de surpreender, de dizer muitas coisas com o mínimo de palavras, de usar a expressão certa, a ponto de achar, depois de lida, que não cabe outra”. É o que pensa Cássia Janeiro, ‘vencedora absoluta’ do Prêmio Nósside de poesia, chancelado pela Unesco, única latino-americana ganhadora do 1º lugar da premiação. Nesta entrevista, Cássia conta como qualquer pessoa pode se tornar um escritor sofisticado, especialmente por meio de seu curso de Tutoria Literária, da Ethos Comunicação & Arte. “O curso é personalizado. A tutoria é uma forma de ajudar a desenvolver o potencial, trabalhando estilos pessoais e ampliando o repertório literário e intelectual de quem participa.” Confira!

Qual a importância de se aperfeiçoar a escrita para a vida pessoal e profissional atualmente?
Em tempos nos quais a escrita tem sido tão maltratada, é um diferencial escrever bem – ou, pelo menos, corretamente. Tenho visto aberrações, mesmo em empresas consagradas da comunicação, como jornais, revistas e TVs, É uma série intolerável de erros crassos. Nem vou falar em legendas, que me fazem sofrer tanto, que tenho vontade de abandonar o filme, a série ou o documentário logo de início. Então, do ponto de vista profissional, escrever de forma correta tem sido – e provavelmente será cada vez mais – um elemento que distingue as pessoas que ganham suas vidas escrevendo ou que tenham a escrita como um atributo importante. Do ponto de vista pessoal, é admirável quando a gente se depara com um texto bem redigido. Dá gosto quando percebo que houve um trabalho, que a pessoa que o escreveu procurou imprimir beleza e deu a ele um tratamento adequado. É por isso que procuro fazer nos meus textos o que aprecio em outros.

Que escritores você destacaria que possuem uma escrita sofisticada e o que te encanta nas obras deles?
Há muitos escritores… Seria muito injusto citar apenas alguns. Mas o que me encanta num bom livro ou num bom texto é a capacidade de surpreender, de dizer muitas coisas com o mínimo de palavras, de usar a expressão certa, a ponto de achar, depois de lida, que não cabe outra. É uma busca incessante pela precisão entre o que a gente quer comunicar e o que efetivamente comunica – e de fazer isso usando a beleza, que pode, aliás, ser muito simples. A simplicidade, a meu ver, pode ser o auge da sofisticação.

Numa era tão permeada pelo audiovisual, a literatura ainda oferece oportunidades para quem quer seguir profissionalmente na área?
Tudo tem seu espaço, né? A arte é muito abrangente. A literatura sempre terá o seu lugar ao lado de outras expressões artísticas.

De que forma o seu curso de Tutoria Literária é importante para quem quer seguir a carreira?
O curso é personalizado, não é um pacote. A pessoa que quer ser escritora às vezes não sabe por onde começar. A tutoria é uma forma de ajudar a desenvolver o potencial de cada uma e de cada um, trabalhando estilos pessoais e ampliando o repertório literário e intelectual de quem participa. Dessa forma, posso acompanhar individualmente a evolução da escrita e da leitura e indicar caminhos para que a pessoa decida o próximo passo, sempre com uma orientação pessoal. E não é apenas indicado a quem está começando. Não é raro que uma escritora ou um escritor já publicado procure a tutoria como forma de analisar os escritos, sejam livros, artigos ou material diverso. Quem faz o curso sou eu mais a pessoa que está na tutoria.

Que dicas você daria para quem quer se tornar um escritor profissional no Brasil?
Ler muito e praticar. Um texto não se escreve sozinho. Praticar muito ajuda a evoluir. E participar de concursos nacionais e internacionais.

Quais foram seus trabalhos mais desafiadores/gratificantes na carreira?
Escrever “As filhas de Eva” foi o mais desafiador, porque o tema é muito caro a mim. São histórias de mulheres que, de alguma forma, sofreram algum tipo de violência. Os prêmios sempre são gratificantes e o mais gratificante deles foi o Prêmio Mundial Nósside, chancelado pela Unesco, de poesia. Isso porque o Nósside é uma confraternização de poetas do mundo inteiro. Fui a “vencedora absoluta” (é assim que chamam o 1º lugar) em 2014 e me tornei embaixadora do Prêmio no Brasil. Também é extremamente gratificante encontrar leitoras e leitores que dizem que o livro x ou o texto y mudaram sua forma de ver o mundo. Recebi muitos relatos nesse sentido com “As filhas de Eva”, especialmente de leitores homens.

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