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Escrever é uma das artes
mais ecumênicas do mundo

O escritor argentino Jorge Luis Borges pintado sobre um labirinto de capas de livros jurídicos (coleção particular)

Escrever é uma das artes mais ecumênicas do mundo. É o que nos diz o escritor Alexandre Siloto Assine, finalista do concurso de contos da União Brasileira de Escritores (UBE), que lançou, recentemente, o livro ‘Caligrafias’ em Portugal. Nesta entrevista, ele dá dicas para quem quer trabalhar com escrita criativa, elenca alguns dos autores que mais admira e conta como seu curso de Escrita Criativa, na Ethos Comunicação & Arte, pode ser um excelente caminho para despertar o talento em todos que queiram criar boas obras literárias.

A escrita criativa é algo possível para qualquer pessoa? 
Escrever é uma das práticas humanas mais ecumênicas, mais abertas à entrada de quem nela queira se aventurar. Não exige uma linha de financiamento prévia, o material necessário é dos mais elementares entre as atividades criativas. Não tem barreiras de compleição física ou idade. Com um pouco de disciplina e muita curiosidade, ela é aberta a todos.

Como você define o que é escrita criativa?

Não creio que haja uma definição universal e consensual para o que seja escrita criativa. A minha, pelo menos, é a de que a escrita criativa corresponde ao campo da escrita em que os elementos estéticos são preponderantes ou, pelo menos, inescapáveis.

Quais foram seus trabalhos mais desafiadores/gratificantes no campo da escrita criativa?
Meu caminho na poesia todo é um desafio perene, pois tirar um poema do branco da página é, a cada vez, um desafio. O que você já conseguiu não importa, o desafio se impõe de novo. E o prazer de ver o trabalho terminado, e mais ainda, de o trabalho encontrar leitores, é a maior gratificação.

Quais são seus escritores preferidos e o que eles possuem de especial, na sua visão?
Jorge Luis Borges, com sua erudição brincalhona, mestre em prosa e verso, escreveu coisas de cair o queixo até a mais avançada idade. Manuel Bandeira, também erudito brincalhão, mostra que a tradição vive enquanto é reinventada, enquanto descobre novos caminhos, não como peça de museu. Emily Dickinson, que mostra que com a escrita você pode ser genial praticamente sem sair do seu pequeno mundo, porque a escrita é um vasto mundo. E se fosse continuar, a lista não terminaria nem amanhã…

De que forma seu curso de Escrita Criativa na Ethos é importante para quem quer se aperfeiçoar na área?
Porque ele é para todos, não exige conhecimentos prévios, mas também tem a acrescentar a quem já está nesse caminho, parte fundamentalmente da curiosidade de quem o cursa e de sua liberdade em escolher os caminhos de leitura e escrita (as duas vão sempre juntas) que preferir, oferecendo portas para esses potenciais caminhos.

Que dicas você daria para quem quer aperfeiçoar a escrita para a vida pessoal e profissional?
Ler, e mais do que ler muito, ler com olhos atentos, para perceber as estruturas e dinâmicas do que se lê. Falamos bastante disso no curso. E treinar, tentar e não desistir, porque aquilo de 1% de talento e 99% de esforço é a mais pura verdade, pelo menos na escrita, isso posso garantir.

VAMOS COMEÇAR A ESCREVER?
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DA ETHOS COMUNICAÇÃO & ARTE!