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“Me revolta essa coisa dos ‘assuntos proibidos’. Falar com o Tim Burton e não poder tocar no nome do Johnny Depp.”
Formada em Jornalismo e Relações Internacionais, Fernanda Talarico buscou nos cursos de história do cinema da Ethos Comunicação & Arte o repertório para aperfeiçoar seu trabalho de jornalista cultural e crítica de cinema. Hoje no UOL, Fernanda conta os principais desafios da carreira, as gafes, o que a encanta e a revolta no universo de jornalismo cultural cinematográfico
Qual foi o primeiro famoso de cinema que você entrevistou? Ficou nervosa?
Não me lembro exatamente o primeiro, mas a primeira vez que achei que morreria de nervoso foi em 2018, quando entrevistei o Michael B. Jordan pessoalmente para “Creed 2”. Eu sentia meu coração bater no pescoço quase. Com o passar dos anos, foi ficando um pouco mais tranquilo, mas ainda me sinto nervosa ao entrevistar uma pessoa de quem sou muito fã.
O que você acha que é o mais difícil no ato de escrever uma crítica de cinema?
Para mim, entender com qual público o filme está se comunicando. Não posso fazer uma crítica de “Minha Mãe é Uma Peça” pensando em um filme francês que circula fora do circuito comercial. São públicos diferentes, linguagens distintas e até mesmo intenções diversas.
Quais cursos da Ethos você realizou e como eles ajudaram na sua carreira como jornalista cultural de cinema?Muitos! Que me lembro de cabeça: Cinema Japonês, Neorrealismo Italiano e cinema da América latina. Trabalhar com cultura e cinema requer muito repertório, não tem jeito. E foi por meio dos cursos que adquiri uma boa parte deles.
Já cometeu alguma gafe de começo de carreira ou passou por algum perrengue em coberturas?
Inúmeras! Quando entrevistei o Fernando Meirelles, também uma das minhas primeiras, fiquei muito nervosa e parecia que nem sabia falar português, foi horrível. Outra vez, fui entrevistar um repórter que também é lutador de karatê e perguntei para ele sobre as Olimpíadas, mas karatê não é esporte olímpico, rs.
O que mais te seduz no universo do jornalismo cultural de cinema?
Nada contra influenciadores, eu entendo o trabalho deles, mas talvez, nesse momento, tentar ir além do que vem no release e do que é dito por meio das assessorias. Falar sobre controversas, polêmicas e diferentes pontos de vista, algo que é normalmente barrado pelas assessorias.
O que mais revolta neste mesmo universo do jornalismo cultural de cinema?
Justamente essa coisa de “assuntos proibidos”. Entrevistar o diretor de The Flashe não poder falar das polêmicas do Ezra Miller. Falar com o Tim Burton e não poder tocar no nome do Johnny Depp….
Se pudesse escolher qualquer astro/estrela de cinema para entrevistar, o que perguntaria para ele/ela?
Sean Connery! Perguntaria tudo sobre a criação e produção dos primeiros 007.
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